quinta-feira, 16 de junho de 2011

Conotação e Denotação


Constantemente, ao falar em meios de comunicação, lembramo-nos apenas dos que englobam a mídia: televisão, revista, jornal, rádio. No entanto, há outros canais comunicativos que podemos usufruir, e não somente a comunicação em massa, citada anteriormente.

A comunicação é feita através das várias significações dos signos lingüísticos. Quando transmitimos ou recebemos uma mensagem, seja por linguagem oral, escrita ou não-verbal, estabelecemos comunicação.

Em uma língua, signo é todo elemento portador de significado. Assim, todo artefato que usamos para nos expressar é um signo: sons, palavras, gestos, símbolos, figuras, cores, notas musicais, desenhos. Por exemplo: quando colocamos o dedo indicador frente à boca queremos dizer: Silêncio!, ou quando esperamos para que o sinaleiro de pedestre fique verde para atravessarmos, então, a cor verde significa “permissão”.

O signo lingüístico apresenta duas variações de significado: denotativo ou conotativo. Observe:

1. Este ambiente está tão limpo ultimamente!
2. Seu nome está limpo na praça.

Observe que na primeira oração o termo “limpo” está empregado no seu sentido original e independente de seu contexto, significando asseado, higiênico, lavado, e, portanto, tem sentido denotativo.

Já a segunda oração o mesmo termo já exprime outro significado e traz uma interpretação diferente, e transmite a idéia de “estar livre de dívidas” ou “livre de pendências financeiras”, logo, tem sentido conotativo. Ainda na segunda oração, a expressão “na praça” quer dizer “nos órgãos protetores de créditos” e não no lugar (pátio) que tradicionalmente vamos para descansar, geralmente próximo à nossa casa.

Nomeamos de denotação a utilização de uma palavra no seu sentido original, real. Costuma-se dizer que o sentido denotativo é o mesmo do dicionário, já que a primeira definição no dicionário é denotativa.

A conotação ocorre quando a palavra é utilizada em sentido alterado, ou seja, em outro sentido, com outro significado, aproximando-se da subjetividade.
A poética é um exemplo que utiliza muito a linguagem conotativa, já que transmite os sentimentos, as emoções do “eu-lírico” e, portanto, está passível de criações e alterações de significados.

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