sexta-feira, 23 de março de 2012

Resolução da Atividade para casa 01


Leia o texto abaixo e responda às questões propostas.

João Ubaldo Ribeiro, o imortal, me confessou certa feita que havia repetido uma palavra duas vezes ao longo de sua volumosa obra, Viva o povo brasileiro, e isso o incomodara imensamente. A confissão aconteceu por causa de uma apresentação de A Casa dos Budas Ditosos em que a memória me falhou e eu mandei um segundo “ensandecida” em vez de alternar com “enlouquecida”. Foi uma pequena aula de português das tantas que tive por osmose com o Ubaldo, graças à nossa aproximação através do teatro. Não se deve repetir palavras impunemente.

O começo de nossa amizade foi muito difícil para mim. Somos comparsas de e-mail, e cada vez que eu tinha de escrever para o venerado João minhas pernas bambeavam de insegurança gramática. Um singelo: “Caro Ubaldo, vamos jantar?” me exigia algumas horas de concentração para pôr a vírgula no lugar adequado. Aprendi imensamente com a impagável correspondência com o mestre e devo, e muito, a Ubaldo esta posição de colunista aqui em VEJA RIO. Um ano e pouco atrás, trocamos uma série de mensagens mais pessoais e, pela primeira vez, escrevi para o poeta de maneira solta. Ele, que é atento aos detalhes, percebeu a melhora e me fez um dos elogios mais valorosos que já recebi na vida.

Mas a evolução de um português medíocre como o meu não é garantia de coisa nenhuma. Relendo a crônica “Gula”, da edição de 14 de outubro, dei de cara com a repetição maciça da palavra “doce” e de outras que agora não lembro. É verdade que as últimas semanas têm sido tumultuadas aqui em casa, mas isso não justifica a cegueira. Sem falar na confusão enervante de “quês”... Minha mãe me alertou para outro vício: o uso exagerado do gerúndio. Esse eu ainda controlo. Minha imunidade ao gerúndio é mais alta do que a vulnerabilidade para a infestação de “quês”.

É o mal dos tempos. Fiz uma palestra outro dia na PUC sobre escolhas profissionais e a conversa recaiu sobre a questão da exigência do diploma de jornalista para exercer a profissão. É claro que eu gostaria que o cirurgião prestes a me abrir um talho na barriga fosse formado em medicina e especializado em fígado, intestino ou algo que o valha. Mas um economista pode ser de grande utilidade para um jornal, assim como um biólogo exerce respeito na seção de ciências. Uma professora do curso de comunicação se pronunciou no debate dizendo que a maior dificuldade, comum a todos os alunos, era o pífio desempenho na língua portuguesa. Por ela, as faculdades deveriam incluir cursos obrigatórios de letras para toda e qualquer profissão, já que o nível do ensino da língua de Camões no 2º grau era baixíssimo. Baseada na minha experiência, estou com ela e não abro.

João Ubaldo sonhou em fazer filosofia, mas o pai severo o encaminhou para o direito. Ubaldo é formado em ciência política. Poderia estar na ONU, não sei, ou em qualquer grande escritório de advocacia, mas preferiu cuidar da flor do Lácio. Seu último livro, O Albatroz Azul, acaba de chegar às livrarias. Se você aguentou estes pobres parágrafos confessionais de uma atriz carioca até aqui, deixo um brinde na saída: a abertura d'O Albatroz Azul, para você perceber o que é realmente escrever. O resto é silêncio.

“Sentado na quina da rampa do Largo da Quitanda, as mãos espalmadas nos joelhos, as abas do chapéu lhe rebuçando o rosto pregueado, Tertuliano Jaburu ouviu o primeiro canto de galo e mirou o céu sem alterar a expressão. Ignora-se o que, nessa calmaria antes do nascer do sol, pensam os grandes velhos como ele e ninguém lhe perguntaria nada, porque, mesmo que ele se dispusesse a responder, não entenderiam plenamente as respostas e dúvidas mais fundas sobreviriam de imediato, pois é sempre assim, quando se tenta conhecer o que o tempo ainda não autoriza.”

* A expressão “Última flor do Lácio, inculta e bela” é o primeiro verso de um famoso poema de Olavo Bilac, poeta brasileiro que viveu de 1865 a 1918. Essa flor é a língua portuguesa, considerada a última das filhas do latim.

(Fernanda Torres, in Veja Rio, 28 de out. de 2009)


AULAS DE ACOMPANHAMENTO DO ENEM 2012

ATIVIDADE DE CASA 01 – INTERPRETAÇÃO DE TEXTO

Prof. Elder Melo de Oliveira


1. Na introdução do 2º parágrafo, a autora representa muitos brasileiros que, do mesmo modo que ela:

A) não tiveram a oportunidade de terminar o ensino médio.

B) sentem-se intimidados ao se comunicar com alguém que, sabidamente, domina o idioma de Camões.

C) não sentem dificuldade em se comunicar em português visto que este é o idioma oficial do país.

D) rejeitam a língua portuguesa, por ser um idioma de difícil domínio.

E) admiram João Ubaldo Ribeiro por ele ser, além de escritor e jornalista, eminente advogado.

2. Em “Mas a evolução de um português medíocre como o meu não é garantia de coisa nenhuma.”, a autora demonstra:

A) arrogância. B) comiseração.

C) prepotência. D) autopiedade.

E) despretensão.

3. Com a oração: “É o mal dos tempos”, a autora se refere:

A) à profusão de verbos no gerúndio que infestam a comunicação escrita.

B) à falta de exigência do diploma no exercício de algumas profissões.

C) à dificuldade dos jovens em escolher a carreira mais adequada às suas aptidões.

D) à dificuldade apresentada por grande parte dos brasileiros para se expressar com correção de linguagem.

E) ao fato de alguns profissionais ousarem transitar por outras carreiras que não aquelas para as quais têm formação.

4. Assinale a afirmação que tem base no texto.

A) Embora seja colunista de uma revista de grande circulação, a autora tem consciência de suas limitações com relação à língua portuguesa.

B) A autora considera abominável a queda da exigência do diploma de jornalista para o exercício da profissão.

C) A falta de profissionais competentes no ensino médio acaba por prejudicar o rendimento dos alunos em estudos subsequentes.

D) Apesar de não ter recebido formação acadêmica de qualidade, após a aproximação com João Ubaldo, a autora passou a redigir com mais clareza.

E) A admiração da atriz pelo renomado escritor se deve ao fato de ele ajudá-la a recuperar o domínio da língua pátria.

5. Marque a opção em que o pronome grifado tem valor possessivo.

A) “Minha mãe me alertou para outro vício: o uso exagerado do gerúndio.”

B) “...e me fez um dos elogios mais valorosos que já recebi na vida.”

C) “...e ninguém lhe perguntaria nada, porque, mesmo que ele se dispusesse a responder...”

D) “...as abas do chapéu lhe rebuçando o rosto pregueado, Tertuliano Jaburu ouviu o primeiro canto de galo...”

E) “João Ubaldo Ribeiro, o imortal, me confessou certa feita que havia repetido uma palavra...”

6. Leia: “...me exigia algumas horas de concentração para pôr a vírgula no lugar adequado.” Assinale a frase INCORRETAMENTE pontuada.

A) As ruas estavam desertas, o silêncio era um fantasma pronto para atacar, o asfalto molhado brilhava como um imenso rio negro, o som de meus passos era o único sinal de vida naquele mar de agonia.

B) O retirante, nosso irmão nordestino, desce em busca de melhores condições de vida, mas nunca as encontra.

C) Do alto, avistávamos a casa da fazenda, os bois no pasto, as galinhas ciscando perto da casa, planícies verdes e uma montanha ao longe.

D) Ele realmente sabia, que tudo o que fora feito antes, teria sido em vão se não encontrasse água antes que suas forças o abandonassem.

E) Conhecemos muitas coisas por meio da experiência, do contato com elas, mas também conhecemos outras por meio da linguagem, pois esta nos coloca em contato com o mundo.

7. Assinale a opção em que a palavra grifada NÃO é pronome relativo.

A) “...e me fez um dos elogios mais valorosos que eu já recebi na vida.”

B) “...dei de cara com a repetição maciça da palavra 'doce' e de outras que agora não lembro.”

C) “É verdade que as últimas semanas têm sido tumultuadas aqui em casa...”

D) “Ignora-se o que, nessa calmaria antes do nascer do sol, pensam os grandes velhos como ele...”

E) “Foi uma pequena aula de português das tantas que tive por osmose com o Ubaldo...”

8. Assinale a opção em que a palavra é pronome demonstrativo.

A) “...e isso o incomodara imensamente.”

B) “Ignora-se o que, nessa calmaria antes do nascer do sol, pensam os grandes velhos...”

C) “...eu tinha de escrever para o venerado João...”

D) “...mas o pai severo o encaminhou para o direito.”

E) “...É o mal dos tempos.”

9. O trecho grifado em “...pois é sempre assim, quando se tenta conhecer o que o tempo ainda não autoriza” pode ser relacionado à expressão popular:

A) águas passadas não movem moinhos.

B) colocar a carroça na frente dos bois.

C) a morte não escolhe idade.

D) antes tarde do que nunca.

E) cortar o mal pela raiz.

10. Assinale a forma verbal simples que corresponde à composta grifada em “João Ubaldo Ribeiro, o imortal, me confessou certa feita que havia repetido uma palavra duas vezes ao longo de sua volumosa obra.”

A) repetiu. B) repetisse. C) repetiria. D) repetia. E) repetira.

11. No trecho “...o tempo ainda não autoriza.”, identifica-se uma figura de linguagem. Aponte-a.

A) Prosopopeia. B) Antítese. C) Hipérbole. D) Ironia. E) Silepse.

12. Marque a opção que completa correta e respectivamente os espaços no fragmento abaixo.

“Cheguei ___ conclusão de que estamos caminhando para ___ adoção de uma nova regra em relação ____ orações com o sujeito na terceira pessoa, tanto no singular quanto no plural. Assisti ____ muitos noticiários de televisão nos últimos dias, ouvi muitas entrevistas com todo tipo de gente e ____ conclusão dispensa maiores pesquisas.” (João Ubaldo Ribeiro)

A) a–a–às–à–a. B) a–à–as–a–a. C) à–a–às–a–a. D) à–a–as–à–à. E) à–à–as–a–à.

13. A palavra enlouquecida foi formada pelo processo de:

A) derivação prefixal.

B) derivação sufixal.

C) composição por justaposição.

D) composição por aglutinação.

E) derivação parassintética.

14. Assinale a opção INCORRETA com relação à concordância verbal.

A) Finalmente caiu, após a nova reforma ortográfica, os acentos de algumas palavras da língua portuguesa.

B) Prejudicam a redação o uso excessivo do gerúndio e a repetição de palavras.

C) Devia haver mais voluntários para trabalhar na alfabetização de adultos.

D) Conservantes, adoçantes e produtos industrializados, tudo tem sido combatido pelos naturalistas.

E) Analisaram-se os planos de reforma agrária.

15. Marque o trecho em que a oração grifada tem a mesma classificação da destacada abaixo.

“João Ubaldo Ribeiro, o imortal, me confessou certa feita que havia repetido uma palavra duas vezes ao longo de sua volumosa obra.”

A) “Ele, que é atento aos detalhes, percebeu a melhora...”

B) “...e me fez um dos elogios mais valorosos que já recebi na vida.”

C) “Uma professora do curso de comunicação se pronunciou no debate dizendo que a maior dificuldade, comum aos alunos, era o pífio desempenho na língua portuguesa.”

D) “É verdade, que as últimas semanas têm sido tumultuadas aqui em casa, mas isso não justifica a cegueira.”

E) “Por ela, as faculdades deveriam incluir cursos obrigatórios de letras para toda e qualquer profissão, já que o nível do ensino da língua de Camões no 2º grau era baixíssimo.”


quarta-feira, 7 de março de 2012

Atividade 01 - Interpretação de texto

EXERCÍCIO RELATIVO AO TEXTO: DA DIFÍCIL ARTE DE REDIGIR UM TELEGRAMA


01. A observação do irmão psicólogo a respeito da redação proposta pelo cunhado foi acatada por todos tendo em vista o seguinte fato:

A) Criticara com razão uma mensagem que menosprezava a inteligência da senhora viajante.
B) Criticara severamente a incapacidade que todos tinham para redigir um simples telegrama.
C) Advertira com acerto que a mensagem, do jeito que fora redigida, implicaria um telegrama
muito caro.
D) Dera motivos para que todos considerassem sua mensagem a que melhor informava o falecimento da irmã.

02. O impasse acerca da melhor redação do telegrama foi deflagrado, segundo o texto, pelo seguinte parente:

A) O netinho;
B) Um dos tios;
C) Um sobrinho;
D) Um dos primos.

03. Dentre as propostas de redação do telegrama, pode-se afirmar que a do filho mais velho caracteriza-se por ter o seguinte atributo:

A) É a mais prolixa.
B) Tem menos incoerências.
C) Informa mais objetivamente.
D) Revela-se menos hermética.

04. No texto, a observação de uma nora sobre a palavra surpresa justifica-se em face do seguinte motivo:

A) Resume-se num vocábulo desprovido de expressividade para significar a morte.
B) Revela-se um termo inadequado para expressar o sofrimento da família.
C) Constitui um termo indevido para expressar o inconformismo da morte.
D) Trata-se de uma palavra incompatível com a idéia de notícia ruim.

05. O autor, ao qualificar o primo distante como sovina, quis ressaltar-lhe a seguinte qualidade:

A) austeridade;
B) sinceridade;
C) praticidade;
D) avareza.

06. No que diz respeito à construção do texto, o fato motivador da seqüência de propostas para o tele-grama é:

A) O custo elevado do telegrama nos dias atuais.
B) A necessidade de avisar a tia sobre a morte da irmã.
C) A incapacidade que as pessoas tinham de redigir um texto simples.
D) A impossibilidade de se entrar em contato com a senhora pelo telefone.

07. O fato de a destinatária do telegrama ser cardíaca serviu como motivação para o seguinte fato:

A) A atenuação do conteúdo da mensagem.
B) A invalidação da mensagem de pêsames.
C) A reformulação do trocadilho da mensagem.
D) A decomposição da mensagem em dois textos.

08. A observação feita pelo sobrinho da viajante foi desconsiderada por todos em face do seguinte fato:

A) Menosprezava a inteligência da destinatária do telegrama.
B) Optava por um telegrama demasiadamente longo.
C) Implicava um custo excessivo para o telegrama.
D) Era absolutamente incabível e inverossímil.

09. A expressão telegrana, fruto de inventiva criação vocabular, resulta do seguinte processo de formação:

A) derivação prefixal;
B) derivação parassintética;
C) composição por justaposição;
D) composição por aglutinação.

10. “Seguiu-se um longo período de silêncio em que a família andava de lá para cá, pensando numa solução. Pela primeira vez estavam se dando conta de que não era tão fácil assim mandar um telegrama.”
A leitura desse trecho revela em estavam um tipo especial de concordância expresso na seguinte alternativa:

A) silepse de pessoa;
B) silepse de número;
C) concordância atrativa;
D) concordância com o núcleo mais próximo.

11. Na construção do texto, o autor faz uso da linguagem coloquial, sobretudo no discurso direto. Dentre as alternativas abaixo, há exemplo de linguagem coloquial em:

A) “Que troço imbecil!”
B) “Não sejamos infantis.”
C) “Realmente, esse bate todos os recordes!”
D) “Afinal de contas, vocês sabem que ela é cardíaca.”

12. O emprego da vírgula é gramaticalmente dispensável na seguinte alternativa:

A) “Há uma história famosa a respeito de uns parentes que tinham que comunicar por telegrama, a uma senhora que estava viajando, o falecimento de uma irmã.”
B) “Afinal de contas, vocês sabem que ela é cardíaca, está viajando e um telegrama assim pode ser um choque.”
C) “Todos concordaram, inclusive um outro primo afastado que era meio sovina e achou o telegrama muito longo.”
D) “Ninguém riu do infame trocadilho, mesmo porque velório não é lugar para gargalhadas.”

13. Em cada alternativa abaixo destaca-se uma seqüência constituída por um substantivo qualificado por um adjetivo. Uma inversão da posição do adjetivo implicaria alteração semântica em:

A) “(...) enquanto cada qual do seu lado procurava uma maneira de escrever para a senhora em viagem sem que isto tivesse conseqüências desastrosas.”
B) “Há uma história famosa a respeito de uns parentes que tinham que comunicar por telegrama, a uma senhora que estava viajando.”
C) “Ninguém riu do infame trocadilho , mesmo porque velório não é lugar para gargalhadas.”
D) “Um irmão psicólogo observou:
– Não sejamos infantis.”

14. “Interrompa viagem e volte correndo. Tua irmã morreu.”
A primeira proposta de redação do telegrama apresenta dois verbos no imperativo em dissonância com o pronome possessivo. Uma versão gramaticalmente correta dessa mensagem está na seguinte alternativa:

A) Interrompa viagem e volta correndo. Sua irmã morreu.
B) Interrompe viagem e volte correndo. Sua irmã morreu.
C) Interrompe viagem e volta correndo. Tua irmã morreu.
D) Interrompa viagem e volta correndo. Tua irmã morreu.

15. “Escreveu febrilmente no papel.”
Nesse trecho, o advérbio usado pelo autor equivale semanticamente a:

A) irritadamente;
B) ansiosamente;
C) voluptuosamente;
D) incessantemente.

16. Em lápis , língua e psicólogo , o acento gráfico justifica-se em face das mesmas regras que, respectivamente, referem-se às seguintes palavras:

A) júri, íeis, íamos;
B) íon, útil, cômodo;
C) álbum, bóia, rótula;
D) ônus, míngua, ataúde.

17. Em cada alternativa abaixo, modifica-se o texto mediante emprego da vírgula. O sinal de pontuação está mal empregado em:

A)
- Também concordo - falou o primo afastado sempre pensando no custo.
- Também concordo - falou o primo afastado, sempre pensando no custo.
B)
E finalmente a palavra “surpresa” no telegrama chega a ser um requinte de crueldade.
E, finalmente, a palavra “surpresa” no telegrama chega a ser um requinte de crueldade.
C)
- Que troço imbecil - gritou o netinho que passava pela sala no momento em que a mensagem era lida.
- Que troço imbecil - gritou o netinho que passava, pela sala no momento em que a mensagem era lida.
D)
Foi a vez de o cunhado tentar redigir uma forma mais amena que não assustasse a senhora em passeio.
Foi a vez de o cunhado tentar redigir uma forma mais amena, que não assustasse a senhora em passeio.

18. Em cada alternativa abaixo modifica-se uma frase do texto. A modificação altera significativamente o sentido original em:

A)
O telegrama passou de mão em mão e foi finalmente aprovado por todo mundo.
O telegrama passou manualmente e foi finalmente aprovado por todo mundo.
B)
E finalmente a palavra “surpresa” no telegrama chega a ser um requinte de crueldade.
E finalmente a palavra “surpresa” no telegrama chega a ser um primor de crueldade.
C)
Todos concordaram, inclusive um outro primo afastado que era meio sovina e achou o telegrama muito longo.
Todos anuíram, inclusive um outro primo afastado que era meio sovina e achou o telegrama muito longo.
D)
Há uma história famosa atinente a uns parentes que tinham que comunicar por telegrama o falecimento de uma irmã.
Há uma história famosa a respeito de uns parentes que tinham que comunicar por telegrama o falecimento de uma irmã.

19. Dentre os trechos do texto abaixo citados, aquele em que o pronome se, segundo a norma escrita contemporânea, pode ocupar outra posição sintática é:

A) “Depois, com o preço que se paga por palavra, isso não é mais um telegrama, é um telegrana.”
B) “Reuniram-se em volta de uma mesa e toca a escrever.”
C) “Serviu-se o costumeiro cafezinho.”
D) “Então o genro aproximou-se.”

20. Há erro de concordância, segundo a norma gramatical contemporânea, na seguinte frase:

A) Nenhum texto tornaria legíveis os telegramas propostos pelos parentes.
B) Cabe alguns cortes no telegrama, para que fique mais econômico.
C) Para se evitarem repetições, é bom redigir telegramas curtos.
D) Evidente que cumpriria aos primos redigir o telegrama.

21. No que diz respeito à regência verbal, há má construção gramatical em:
A) Esse foi o telegrama em que nos manifestamos sobre o pedido de um parente.
B) Esse foi o telegrama que redigimos durante o encontro da última semana.
C) Esse foi o telegrama de que aludimos em nossa conversa de ontem.
D) Esse foi o telegrama a que nos referimos na semana passada.

22. “Vocês acham que a mamãe é boba? Se a gente escrever que a titia está passando mais ou menos e que ela pode voltar devagar, ela já vai adivinhar que todas estas precauções são pelo fato de ela ser car-díaca e que na realidade a irmã dela morreu.”
Nesse trecho, o pronome ela é reiteradamente usado pelo autor para construir a fala da persona-gem. Dentre as alternativas abaixo, a que apresenta melhor redação desse trecho é:

A) Vocês acham que a mamãe é boba? Se a gente escrever que a titia está passando mais ou
menos e que, por isso, pode voltar devagar, a mamãe já vai adivinhar que todas estas precauções são pelo fato de ela ser cardíaca e que na realidade sua irmã morreu.
B) Vocês acham que a mamãe é boba? Se a gente escrever que a titia está passando mais ou
menos e que ela pode voltar devagar, a titia já vai adivinhar que todas estas precauções são
pelo fato de ela ser cardíaca e que na realidade sua irmã morreu.
C) Vocês acham que a mamãe é boba? Se a gente escrever que a titia está passando mais ou
menos e que mamãe pode voltar devagar, ela já vai adivinhar que todas estas precauções são
pelo fato de ser cardíaca e que na realidade sua irmã morreu.
D) Vocês acham que a mamãe é boba? Se a gente escrever que a titia está passando mais ou
menos e que pode voltar devagar, ela já vai adivinhar que todas estas precauções são pelo fato de ela ser cardíaca e que na realidade a irmã dela morreu.

23. “Como telegrama não tem vírgula, ela pode pensar que a gente está dizendo ‘cuidado, coração’.”
A conjunção que inicia essa frase só não pode ser substituída pela seguinte alternativa:

A) Considerando que;
B) Conquanto que;
C) Visto que;
D) Já que.

24. Em conseqüências, o uso do trema justifica-se em face da pronúncia da semivogal do ditongo. Dentre as palavras abaixo, o trema também deve-ria ter sido empregado em:

A) aquoso;
B) inquilino;
C) arguição;
D) extinguir.

25. “E finalmente a palavra “surpresa” no telegrama chega a ser um requinte de crueldade. Qual é a surpresa que ela pode esperar?”
Em cada alternativa abaixo, reescreve-se a última frase desse trecho. A nova redação implica duplo sentido em:

A) E finalmente a palavra “surpresa” no telegrama chega a ser um requinte de crueldade. Qual
seria tal surpresa?
B) E finalmente a palavra “surpresa” no telegrama chega a ser um requinte de crueldade. Qual
seria sua surpresa?
C) E finalmente a palavra “surpresa” no telegrama chega a ser um requinte de crueldade. De que surpresa se trataria?
D) E finalmente a palavra “surpresa” no telegrama chega a ser um requinte de crueldade. Que
surpresa ela esperaria?

26. Em uma das frases do texto abaixo transcritas, o verbo tem forma ativa mas significado passivo. A alternativa em que tal fato ocorre é:

A) “Realmente, esse bate todos os recordes!”
B) “O telegrama passou de mão em mão.”
C) “Ninguém riu do infame trocadilho.”
D) “Escreveu febrilmente no papel.”

27. Dentre as frases abaixo, a que apresenta erro de concordância verbal é:

A) “O filho ou o neto poderiam escrever o telegrama.”
B) “Ele é um dos tios que resolveu redigir o telegrama.”
C) “Eu e meus primos resolveram não redigir o telegrama.”
D) “Deve haver pessoas aqui que possam escrever um telegrama.”

28. Pela primeira vez estavam se dando conta de que não era tão fácil assim mandar um telegrama. Dentre as alterações impostas a essa frase do texto, a que implica erro gramatical é:

A) Pela primeira vez estariam-se dando conta de que não era tão fácil assim mandar um telegrama.
B) Pela primeira vez estavam dando-se conta de que não era tão fácil assim mandar um telegrama.
C) Pela primeira vez estavam-se dando conta de que não era tão fácil assim mandar um telegrama.
D) Pela primeira vez se não se estavam dando conta de que não era tão fácil assim mandar um telegrama.

29. Em terceiro lugar, ninguém passa “quase mal”. Ou passa mal ou bem.
Nesse trecho do texto usa-se o advérbio mal. Há uso indevido desse advérbio na seguinte alternativa:

A) Redigia telegramas mais mal do que bem.
B) Não me leve a mal, mas este telegrama está péssimo.
C) Os que tentaram redigir o telegrama mal sabiam escrever.
D) Atribuiu a dificuldade de redigir ao mal desempenho na escola.

30. “Há uma história famosa a respeito de uns parentes que tinham que comunicar por telegrama, a uma senhora que estava viajando, o falecimento de uma irmã.”
A expressão em destaque não pode ser substituída, sem prejuízo do significado original do texto, pela seguinte:

A) decorrente de;
B) referente a;
C) atinente a;
D) acerca de.


ATENÇÃO: Anotem suas opções e levem-nas para nossa aula do dia 17 de março.